terça-feira, 30 de junho de 2015



















FASES QUE TODA MULHER PASSA!!!

ILUSORIZONTE

















SALAKIMERA

















NEOLOGISMO <<<< BRINCANDO C/ NOVAS PALAVRAS.
ATÉ PARECE A MINHA CASA EM CADA CANTO SE ACHA UM LIVRO PRA LER!!!

GRITO DE ALERTA

















POESIA QUE FIZ HÁ ALGUM TEMPO DEDICADA A  AMIGA REJANE ANTONIELLI E QUE FEZ TODA A DIFERENÇA EM SEU MUNDO.
O  POEMA ROMPEU C/ AS AMARRAS QUE NÃO LHE DEIXAVA EVOLUIR.
HOJE ELA ME AGRADECE PELO PEQUENO POEMA QUE MUDOU A VIDA DELA PARA MELHOR.

sábado, 27 de junho de 2015

CUMPLICIDADE





Quando fiz uma oração
 para encontrar o amor que perdi
Restava em minha alma um fio de esperança
Aí, retirei aqueles resquícios de vingança 
que ainda ardia em mim
Havia feito tantos planos
Nestas perdas e danos ficamos sem rumo
Envoltos em nuvens de tristeza 
- dessas que não tem fim
Então me ajoelhei e rezei com fervor
Implorando a volta do meu ex-amor
Para que num passe de mágica
 toda aquela mágoa se desfizesse
Desde o dia que ele se foi partindo meu coração ao meio
Aí me lembrei de um guri, do tempo da escravidão
Era só pedir - com ele não tem balela
Parece até lenda ou conto de novela
Pois, quando acendi a vela 
evaporou-se o medo e o receio
Um novo sentimento iluminou-me por dentro
E aquela paixão que tanto quis puft:
--- virou devaneio!
Virgem Santa!!! 
Estava curada! 
Para de novo amar e ser amada
Seria manobra desse piá marqueteiro?
Feitiço, mandinga, milagre?
É...
 Acho que foi a cumplicidade
De Nossa Senhora 
E desse tal Negrinho do Pastoreio!


Bocas




























  Existem bocas de matizes alvas
 ou de sensualidades pretas
Que exalam hálitos de aromáticos cheiros
Cálidas bocas que se encantam por seios
 e corpos alheios
Loucas para se acoplarem
Existem as bocas fechadas nunca beijadas
Bocas que prometem apenas 
num friccionar dos estalos
Trazem na bagagem 
o fruir de carnudos lábios
Inexperientes, ardentes no modo excitar
Existem as bocas sensíveis
As bocas invisíveis desejosas à distância
De lamber os beiços 
com suas gemidas carícias sem se tocar
Existem as bocas beijoqueiras, sapientes
Que te tiram do sério, queira ou não queira
Vão ao âmago do céu da boca 
só pra te provocar
Existem as bocas dengosas, maliciosas
Acariciam-te com sorrisos libidinosos
Tiram-te do sério.
 Bocas sem juízo. 
Apetecem sabores, fontes, orgíacas
Acendem faíscas em seu salivar
Existem as bocas sujas, 
Incitam palavrões aflitos, gritam,
Ferem-te com lanhos línguentos,
 golpes de açoite a te dominar
Existem as bocas de almas aladas,
 não mais escravizadas
Vai às lutas escancaradas - sempre sorridentes
 a procura de gentes
Com seus dentes brancos reluzentes
 a te fazer sonhar
Abocanham horizontes. 
Acasalam pontes. 
Lambuzam-te com afoito.
Num apetitoso paladar
Ainda bem que existem...
Loucas bocas benditas.
 Bocas ricas em estado de cio
Com suas línguas andarilhas 
– em séquitos de fio a pavio
Aventuram-se pelas madrugadas,
 por trilhas e ilhas
Percorrem teu intimo...
 Sedentas... Famintas...
 Orgásticas!
Abocanham-te em plenitude coito,
 quando te encontram à deriva.
Perdida... 
Nas bocas da noite!

MEU CRONOGRAMA :


7 horas: acordar a realidade, espreguiçar a displicência, urinar ressentimentos, escovar a convicção, lavar o perfil da alma, deixar no ralo a arrogância, hidratar os sentimentos.
8 horas: alimentar o bom humor com 100g de cereais filosóficos; sorver pingados de euforia c/ biscoitos de merengues picantes de fé.
9 horas:Exercitar o cérebro do espírito com ideias produtivas de ética e moral;
10 horas: Pausa para um copo de H2o de simplicidade;
11horas: Preparar o almoço em sal abençoado de virtudes com a doçura de afagos comestíveis :
12horas: comer salada de bom senso, saborear arroz de integridade,  fartar-me de feijão preto sem preconceito, mastigar bife acebolado de inspiração, brindar suco frutífero de sensibilidade;
13horas:tirar soneca simétrica com cochilos etéreos de imaginação;
14horas:ligar a quietude da tarde na paz do sossego urbano;
15 horas:beber uma xícara de chá de cordialidade c/ torradas de apreço.
16horas:fazer a leitura dos dias impuros e purificá-los;
17horas: reanimar a memória com lampejos do bom senso da imaginação;
18 horas:apreciar o por do sol com os olhos da razão; 

19horassaborear tabletes de autoestima com sabores afrodisíacos de desejos;
20 horas: comer uma porção de ideias livres regada de um cálice de amor próprio;
21horas:fazer sexo com a experiência fogosa futurista do meu jeito artista;
22 horas:escovar as ranhuras da desconfiança, tomar uma ducha de magnetismo sexual, apertar o botão dos sonhos esquecidos;
23 horas:aconchegar o corpo na cama viva e relaxar o coração no macio abraço do edredom;
24 horas:Orar um blues e me enrolar nos braços de Morfeu, a meia luz da consciência límpida, imaculada de sim e dos nãos!


sexta-feira, 26 de junho de 2015

DAS DIFICULDADES EM LER POESIA

Do "Manual de comunicação poética" por Maria Helena Camargo Regis. (UFSC)
Temos observado que a quase totalidade das pessoas que leem poemas, só os leem com os olhos. Numa leitura deste tipo, embora sempre permaneça o ritmo, presente até mesmo no movimento ocular, nas ondas rítmicas que sobem e descem, conforme o tônus emocional, grande parte dos elementos sonoros se perde. O nível do ritmo acústico; as variações musicais da voz, o timbre, a altura, a intensidade, a duração, ficam desperdiçadas.
            Uma das primeiras dificuldades está em a pessoa que lê, deixar a emoção exercer domínio total na apreensão do poema. Esta atitude pode de uma parte, ajudar na captação intuitiva do sentido, mas, de outra, dificultar a compreensão intelectual, lógica, também presente no poema, embora sob forma diferente daquela da prosa.
            Pode ocorrer o inverso, também. Realizar-se a leitura em nível apenas de raciocínio, com eliminação de todo clima sentimental. E uma leitura feita assim, levará, não só à mutilação do poema, mas também ao desencanto por parte do leitor que procura na composição poética, algo que ela não lhe pode dar.
            Podemos incluir como aspecto particular desta dificuldade, a da insensibilidade de certas pessoas para compreender as figuras de linguagem que aparecem no poema e, por isso, não conseguem captar seu significado.
            É geral e indiscutível a ideia de que o texto poético é plurissignificativo.
            Em nossas reflexões sobre o assunto da dificuldade e descaso em relação à poesia, chegamos à conclusão de que algumas das dificuldades seriam ultrapassadas se houvesse maior conhecimento das funções da poesia na vida humana individual e na social.
            Mas talvez para a visão que os homens atualmente têm do mundo, teria mais valor dizermos que a leitura do poema traz conhecimento, não apenas no sentido de que amplia o conhecimento da linguagem, sua ambiguidade, mas enquanto reveladora de relações e analogias inesperadas entre os seres.
            Em sua função sócia passiva, a poesia, como qualquer outra arte, é um documento da existência de determinado povo em certo lugar e período histórico. Ela, porém, por ser feita com a linguagem, e linguagem ao mesmo tempo elástica e precisa, fornece, num mínimo de palavras, o máximo de significação. Assim revela nuances de emoções e de pensamento que não encontramos em nenhuma outra arte.





L aços para o saber, literatura.
E nvolvimento mental, ternura.
I nteratividade, pura.
T raduzindo sonhos, brandura.
U nindo aprendizado, fartura.
R elatos, mensagens, figuras.
A brindo as portas da cultura          


À CRASE


Na gramática você vai encontrar
Duas vogais iguais, porém independentes.
E que de mãos dadas o “a+a” vão se aliar ao acento grave
Conceituando-o numa fusão a se integrar harmoniosamente

O interessante é que essa adesão
Dá-se com sapiência e precisão
Com duas palavrinhas de diferentes classes
Inserindo em sua companhia a tal conexão

O artigo feminino vem complementar este esquema
Tão importante nesta habilidosa união
Cúmplices nesta parceria parecendo duas almas gêmeas
Vai ligando-se com ele a famosa preposição
É claro que existem algumas regrinhas
Facilitando e dando acesso nesta jogada
Com o “a” inicial no pronome demonstrativo fique espertinho, viu?
Não são todos! 
Coloca-se o acento apenas no “àquele, àquela e àquilo”.
Ligou-se na contração?
É fácil essa parada!

Aprenda ainda que na transposição
Do “ao” e do “para a”, do “na” (o), o “dá” (o) e o “pela” (o)
Todos vindos com jeitinho para facilitar
Substituindo-os pelo masculino na frase e se der sentido
Crase há e não tem como errar

O substantivo feminino também marca presença
Junto às locuções adverbiais, prepositivas e conjuncionais.
Seguindo o rumo com bastante clareza
Nos julgamentos vocabulariais

Existe a famosa regrinha do folclore didático
Muito eficiente é só decorar que não tem tererê
Quem vai “a” e volta “da”, crase há.
Quem vai “a” e volta “dê” crase pra quê?

Assim você elimina casos enigmáticos e surreais
Como aquele no estilo à ou à moda à
Expressões pouco usadas tipo medievais
Levam sem dúvidas esses acentos craseais

Mas, que fique “saliente” este contexto em sua “cachola”.
Só diante das palavras femininas à crase é prioritária
Regra é regra e jamais esqueça
Guardando bem isso em sua memória

Esta lição deveras importante; saiba: ela é moleza!
É só estudar que você vai se dar bem, (este é o meu aval).
Nas redações, texto, poemas, pode crer, com certeza!
Você tira de letra!

Essa dúvida crucial da nossa língua portuguesa!