A VIA EM LABIRINTO
por Delma Gonçalves
Os caminhos em zigue-zague levavam aquela estrada solitária a um único percurso que os aldeões apressados desejavam chegar.
Em sua solidão, a velha via, sem rumo
Não reclamava de nada…
Deixava-se pisar…
Doída, cansada…
Doída, cansada…
Na mesmice autonomia indefectível.
Ela sabia que no fim de tudo as respostas estariam ainda, por lá…
Entre os bosques de estreitos caminhos…
Entre os descaminhos e sobressaltos..
Entre as flores e espinhos..
Entre os vãos do lamaçal…
No mapa do chão deixava seu sinal:
Um silêncio sepulcral
E o povoado envolto em névoas e véus…
Sem vestígios, suscetível
Enclausurados…
Zigue zagueando
Na quietude daquele lugar…
Em busca de paz…
Afinal, não era à toa que as ervas daninhas
Se apropriavam do seu tapete natural…
Para deixarem seu fel…
No coração do matagal !
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